O PASSADO POLÉMICO DO PASTOR TERRY
O pastor americano Terry Jones, que quer queimar exemplares do Corão no aniversário dos atentados de 11 de Setembro, tem antecedentes polémicos na Alemanha, país que abandonou em 2008 expulso pelos próprios seguidores da sua seita.
A notícia foi revelada pelo antigo responsável pelo acompanhamento de seitas da Igreja Evangélica Alemã na Renânia, Joachim Keden, que disse ainda que "Jones é o clássico dirigente sectário com visão fundamentalista extrema", em entrevista ao jornal "Berliner Zeitung".
O seu sucessor no cargo e também especialista em seitas, Andrew Schäfer, destaca que Jones foi condenado em 2002 por um tribunal da cidade alemã de Colónia a uma pena de três mil euros por falsidade documentária, ao afirmar que tinha um título de doutor que não possuía.
Além disso, foi acusado, mas não chegou a ser processado, de exploração laboral dos membros mais jovens ds sua seita e de apropriar-se indevidamente dos fundos do seu grupo religioso, o que conduziu à sua primeira expulsão da comunidade religiosa que tinha fundado.
Sua readmissão só aconteceu "após o pagamento de uma reparação econômica de quatro a cinco dígitos", segundo afirma ao jornal Stephan Baar, um dos actuais representantes da "Comunidade Cristã de Colónia", fundada por Jones e que, segundo as suas palavras, tem agora cerca de 80 membros activos.
"Estamos tão comovidos como o resto do mundo", diz Baar ao explicar a reacção da antiga comunidade de Jones quando ficou a saber das intenções de queimar exemplares do Corão.
Keden comenta ainda que Jones e a sua família foram obrigados a abandonar definitivamente a seita e a Alemanha em 2008, quando retornaram aos Estados Unidos e instalaram -se no estado da Flórida.
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Segundo Schäfer, o fim da história de Jones na Alemanha em 2008 aconteceu pelas mãos de um casal idoso ameaçado de expulsão pelo polémico pastor e que denunciou os seus métodos de trabalho.
Na ocasião, houve denúncia de que os membros mais jovens da comunidade eram explorados como transportadores de móveis usados que a seita recebia nas suas seis casas para atender indigentes em Colónia.
"Correu então a suspeita de que ele vendia os móveis de segunda mão e que ficava com o dinheiro", revela Schäfer, que afirma que este escândalo foi o que motivou "a sua fuga precipitada da Alemanha".
Após assinalar que Jones chegou à Alemanha em 1983, onde fundou a comunidade religiosa, Keden disse que praticamente desde o início das atividades do polémico pastor, o seu escritório teve que assessorar membros da seita que desejavam abandoná-la.
"As pessoas queixavam -se de severos actos de penitência e rituais públicos de arrependimento e declaração de fé, por medo de Satanás e dos seu Demónios", afrima Keden, que destaca que Jones chegou a ter mil seguidores na Alemanha, na sua maioria famílias jovens.
Schäfer, por sua parte, diz que, enquanto Jones controlava a seita, "tivemos com frequência casos de assessoria a membros da comunidade, com muitas tragédias privadas, mas nunca ninguém teve a coragem de rebelar-se abertamente contra Jones".
FONTE
Extra: http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1651405&seccao=Europa
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Hoje10deSetembrode2010 AD
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http://tv1.rtp.pt/multimedia/progAudio.php?prog=3107